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Perspectivas otimistas para o mercado imobiliário em Portugal em 2024






Perspectivas otimistas para o mercado imobiliário em Portugal em 2024


O Portuguese Housing Market Survey (PHMS), um inquérito mensal de confiança desenvolvido pela Confidencial Imobiliário em parceria com o RICS, revela um sentimento positivo entre os promotores e mediadores imobiliários que operam no mercado residencial português. As expectativas para a evolução das vendas estão em recuperação, após um período de compressão em 2023.


Indicadores de procura e vendas em terreno positivo

Os indicadores de procura e vendas registaram as maiores recuperações no PHMS de janeiro, regressando a terreno positivo. A procura por parte de novos compradores passou de um saldo líquido de respostas de -30% em dezembro para +2% em janeiro, o que significa ter entrado em terreno positivo pela primeira vez desde 2022.

As vendas também apresentaram uma recuperação significativa. O volume de vendas acordadas passou de -28% em dezembro para +2% em janeiro, e as expectativas de vendas para os próximos 3 meses também subiram, de -19% para +7%.


Sustentabilidade dos preços e otimismo para o futuro

Os preços dos imóveis também se mostraram resilientes, com o saldo líquido de respostas quanto à sua evolução no momento atual a atingir +4% em janeiro, recuperando face aos -4% de dezembro. As expectativas para a evolução dos preços a 12 meses também são positivas, com um saldo líquido de respostas de +28%, contrastando com o de -1% registado em dezembro.


Fatores que impulsionam o mercado

Vários fatores contribuem para o otimismo no mercado imobiliário português:

  • Crescimento da economia: A previsão de um crescimento positivo da economia portuguesa em 2024 impulsiona a confiança dos consumidores e aumenta a capacidade de compra de imóveis.

  • Redução do desemprego: A taxa de desemprego em Portugal está em queda, o que significa que mais pessoas estão empregadas e com renda disponível para investir em habitação.

  • Inflação controlada: A inflação em Portugal está a ser controlada, o que ajuda a manter a estabilidade dos preços dos imóveis.

  • Corte das taxas de juro: A expectativa de um corte nas taxas de juro no futuro torna o crédito à habitação mais acessível, impulsionando a procura por imóveis.

  • Estabilidade política: Apesar da recente instabilidade política, o novo governo de centro-direita liderado por Luís Montenegro parece ter o apoio necessário para implementar medidas que beneficiem o mercado imobiliário, como a regulamentação dos Vistos Gold e o incentivo à iniciativa privada para investir em projetos habitacionais.

Desafios e oportunidades

Apesar do otimismo geral, ainda há alguns desafios a serem enfrentados pelo mercado imobiliário português. Um dos principais desafios é a falta de oferta de casas acessíveis ao rendimento das famílias. Essa escassez pode levar a um aumento dos preços a curto prazo.

No entanto, as perspectivas para o mercado imobiliário português em 2024 são positivas. A combinação de um ambiente económico favorável, políticas governamentais de apoio e a crescente procura por imóveis por parte de nacionais e estrangeiros deve impulsionar o crescimento do mercado.


Para Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário:

"Apesar do momento de instabilidade política que atravessamos, muitos operadores consideram que este conjunto de fatores irá permitir uma recuperação progressiva da procura e que os compradores expectantes tomem as suas decisões de compra. Esta recuperação da procura continua, contudo, a ocorrer num cenário de falta de oferta de casas acessíveis ao rendimento das famílias, pelo que deverá ser um fator de aceleração dos preços a curto-prazo."

Tarrant Parsons, Senior Economist do RICS, acrescenta:

"Depois de um período prolongado de adversidade, a atividade do mercado imobiliário parece estar a recuperar, o que está correlacionado com o fortalecimento do desempenho económico do Portugal. As condições económicas a nível global também parecem estar a melhorar e isso deverá dar sustentação ao quadro económico nacional, esperando-se que o aumento do rendimento e do consumo ganhem tração no próximo ano."

Fontes:

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